(Matéria da Editora Adonis sobre o lançamento do meu livro: Tio Francisco)
Adonis publica livro vencedor do 3º Prêmio Agostinho de Cultura neste final de semana
Se lidar com
ausência é tarefa difícil para os adultos imagine para os pequenos. Como forma
de explicar às crianças para aonde foi uma certa pessoa depois que ela não está
mais entre nós, que a mineira Jacqueline Salgado criou a história que foi parar
nas páginas do livro Tio
Francisco, vencedor da categoria Leitor iniciante do 3º Prêmio
Agostinho de Cultura. A obra tem lançamento no próximo domingo, 30 de março,
das 10h às 12h, no Quiosque Gostinho de Leitura (Zoo de
Americana).
A publicação da
Adonis conta a história de Tio Francisco, um velhinho "gente boa" que adora
criar novos inventos com sucatas. Um dia o personagem, que dá título ao livro,
cria uma nova engenhoca - uma tal geladeira - e dentro dela faz uma viagem
encantada.
A história
autobiográfica foi a forma como Jacqueline encontrou para lidar com a perda de
seu tio Francisco. "Quando o verdadeiro tio Francisco morreu inventei para as
outras crianças e para sua neta, que ele havia partido para uma cidade
encantada, aquela que ele havia construído no fundo do seu esconderijo das
sucatas, assim como Paulo (ilustrador) retratou no livro", explica a mineira,
que acrescenta, "Sempre lancei mão de metáforas para abrandar a dor, incumbência
poética que a vida me deu", conclui Jacqueline.
Respeitando as
características reais do tio da escritora, Paulo R. Masserani - que assina as
ilustrações das 24 páginas da publicação - criou uma espécie de papai-noel de
férias para dar vida ao personagem do livro infantil. "Um papai-noel em férias
foi como encontrei para explicar para o ilustrador como era meu tio. Por
diversas vezes tio Francisco foi convidado a trabalhar como o bom velhinho, mas
sempre se recusava, dizia que as crianças o preferiam como Tio Francisco",
diverte-se a escritora.
Premiado pela
terceira edição do concurso que revela os novos talentos do selo Adonis -
Prêmio Agostinho de Cultura - Tio Francisco instiga o leitor a
olhar para os "pedacinhos esquecidos do mundo", para a simplicidade e para as
diversas utilidades de objetos que foram colocados fora de sua função habitual,
"é como desdobrar coisas em poesia" como prefere sintetizar a escritora.
3 comentários:
Jacqueline,
Comprei o livro para os meus filhos e sobrinhos... que delícia de leitura! Parabéns por mais uma joia!
Fiquei emocionado com a beleza da história.
Poxa! Muito obrigada, Antônio! Abraço grande pra vc e seus pimpolhos!
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