Meu livro TROCADILHO, vencedor do Prêmio Saraiva de Literatura, já está em pré-venda pelo site da Editora;
http://www.saraiva.com.br/trocadilho-9036216.html
O lançamento será no dia 26/09, a partir das 15h, na Megastore Saraiva do Shopping Pátio Paulista.
Espero vocês, amigos de Sampa!
A Gavetinha
O embornal quadrado de Jacqueline Salgado
quinta-feira, setembro 03, 2015
terça-feira, agosto 25, 2015
Minha página no facebook
Decidi que já era hora de criar uma página no facebook, hoje nasceu:
"AS LETRINHAS MIÚDAS DE JACQUELINE SALGADO"
https://www.facebook.com/letrinhasdejacquelinesalgado
Conto com os amigos e leitores e com amigos-leitores para divulgação.
Literatura é isso, meus caros!
Trabalho de formiguinha...
"AS LETRINHAS MIÚDAS DE JACQUELINE SALGADO"
https://www.facebook.com/letrinhasdejacquelinesalgado
Conto com os amigos e leitores e com amigos-leitores para divulgação.
Literatura é isso, meus caros!
Trabalho de formiguinha...
Encontro com alunos do CASB em Viçosa
Nada mais gostoso pra um escritor que esse contato com as crianças!
Dessa vez, fui recebida com muito carinho pelos alunos do CASB, no teatro Hervé Cordovil na minha terrinha natal, Viçosa, MG.
Gratidão ao Secretário de Cultura Geraldo Luis Andrade, grande em todos os sentidos!
terça-feira, novembro 18, 2014
I PRÊMIO SARAIVA DE LITERATURA
Um dos momentos mais felizes da minha carreira, quiçá da minha vida!
Vencer um prêmio dessa grandeza me trouxe sensações inexplicáveis, posso dizer que levei um baita susto quando o Zeca Camargo disse meu nome. Ao meu lado, dois grandes escritores que também se tornaram amigos: o Christian, de Porto Alegre, e a Valquíria, de Jundiaí.
Agradeço mais uma vez à Editora Saraiva pela oportunidade de ser tão feliz, ao lado de pessoas tão especiais! Que venham nossos livros, que venham nossos leitores, que venham nossos voos cada vez mais altos!
Conheça os vencedores do 1º Prêmio Saraiva!
Foram mais de 4 mil inscritos, em quatro categorias. Chegamos a 12 finalistas. Agora, conheça aqueles que levaram o grande prêmio de R$ 20 mil!
Literatura Infantil – Poesia
1º lugar: Jacqueline Lopes Salgado Soares (Bauru/SP) (EU!!!)
2º lugar: Christian Nectoux David (Porto Alegre/RS)
3º lugar: Valquíria Gesqui Malagoli (Jundiaí/SP)
Literatura Juvenil – Crônica
1º lugar: Vanessa Luiza Martinelli Levandowski (Joinville/SC)
2º lugar: Elika Takimoto (Rio de Janeiro/RJ)
3º lugar: Carlos Augusto de Almeida (Três Rios/RJ)
Literatura Adulta – Romance
1º lugar: Andreia Fernandes Soares Leite (Rio de Janeiro/RJ)
2º lugar: Mauro Vieira Maciel (Florianópolis/SC)
3º lugar: Evaldo Balbino da Silva (Belo Horizonte/MG)
Música
1º lugar: Zé Vito (Rio de Janeiro/RJ) – Álbum: Já Carregou
2º lugar: Adiel Luna (Recife/PE) – Álbum: Adiel Luna e Coco Camará
3º lugar: Rapha Moraes (Curitiba/PR) – Álbum: La Buena Onda
quarta-feira, setembro 17, 2014
Se eu fosse um poema
Se
eu fosse um poema,
deixar-me-ia
sucumbir à liberdade dos versos
ou
à tentadora armadilha das rimas.
Enxertos
de prosa seriam bem vindos
sintaxes
distorcidas, talvez.
Seria
assindético ou polissindético
e
nadaria de braçada no caos das conjunções.
Se
eu fosse um poema,
seria
uma medusa a ostentar
versos
e serpentes
e
petrificaria
os
leitores mais desavisados.
Se
eu fosse um poema,
gostaria
de caber na ponta de um alfinete
ao
mesmo tempo em que, sentado na lua,
eu
pudesse balançar os pés no universo.
Se
eu fosse um poema,
seria
concreto
sonoro
pulsante.
Seria
calmo,
seria
inquieto,
como
um paradoxo no espelho.
Se
eu fosse um poema,
seria
uma ode de Píndaro,
um
soneto de Petrarca
ou
um haicai de Bashô.
Seria
todo o consolo metalinguístico
infinito,
silencioso,
que
abre fissuras nas horas.
Simulacro
de sentido.
Se
eu fosse um poema,
seria
desembaraço,
seria
coloquial.
Seria
pintado,
mimeografado,
fotocopiado
articulado
e reticente.
Se
eu fosse um poema,
abusaria
das anáforas
verteria
aliteração.
Seria
cratílico,
idílico,
itálico,
etílico,
hiperbólico.
Se
eu fosse um poema,
não
me importaria em ser jogado ao muro
estampado
em faixas de tecido ralo,
tapumes
disformes
ou
impresso na terceira margem do tempo.
Se
eu fosse um poema,
esfregar-me-ia
nas folhas em branco
até
que o sêmen do lirismo penetrasse
o
invólucro do vazio.
Se
eu fosse um poema,
sobreviveria
aos que ignoram poesia.
terça-feira, abril 22, 2014
Tio Francisco no "Leitura com Pipoca"
Veja o que rolou no Zoo de Americana/SP, durante o lançamento do meu livro Tio Francisco. Foi uma manhã deliciosa de bate-papo com os leitores, onde pude contar um pouco da minha trajetória, meus sonhos e mineirices! Obrigada a todos pelo carinho!
Fotos do lançamento do meu livro Tio Francisco
Fotos do lançamento do meu livro Tio Francisco
Lançamento "Tio Francisco"
(Matéria da Editora Adonis sobre o lançamento do meu livro: Tio Francisco)
Adonis publica livro vencedor do 3º Prêmio Agostinho de Cultura neste final de semana
Se lidar com
ausência é tarefa difícil para os adultos imagine para os pequenos. Como forma
de explicar às crianças para aonde foi uma certa pessoa depois que ela não está
mais entre nós, que a mineira Jacqueline Salgado criou a história que foi parar
nas páginas do livro Tio
Francisco, vencedor da categoria Leitor iniciante do 3º Prêmio
Agostinho de Cultura. A obra tem lançamento no próximo domingo, 30 de março,
das 10h às 12h, no Quiosque Gostinho de Leitura (Zoo de
Americana).
A publicação da
Adonis conta a história de Tio Francisco, um velhinho "gente boa" que adora
criar novos inventos com sucatas. Um dia o personagem, que dá título ao livro,
cria uma nova engenhoca - uma tal geladeira - e dentro dela faz uma viagem
encantada.
A história
autobiográfica foi a forma como Jacqueline encontrou para lidar com a perda de
seu tio Francisco. "Quando o verdadeiro tio Francisco morreu inventei para as
outras crianças e para sua neta, que ele havia partido para uma cidade
encantada, aquela que ele havia construído no fundo do seu esconderijo das
sucatas, assim como Paulo (ilustrador) retratou no livro", explica a mineira,
que acrescenta, "Sempre lancei mão de metáforas para abrandar a dor, incumbência
poética que a vida me deu", conclui Jacqueline.
Respeitando as
características reais do tio da escritora, Paulo R. Masserani - que assina as
ilustrações das 24 páginas da publicação - criou uma espécie de papai-noel de
férias para dar vida ao personagem do livro infantil. "Um papai-noel em férias
foi como encontrei para explicar para o ilustrador como era meu tio. Por
diversas vezes tio Francisco foi convidado a trabalhar como o bom velhinho, mas
sempre se recusava, dizia que as crianças o preferiam como Tio Francisco",
diverte-se a escritora.
Premiado pela
terceira edição do concurso que revela os novos talentos do selo Adonis -
Prêmio Agostinho de Cultura - Tio Francisco instiga o leitor a
olhar para os "pedacinhos esquecidos do mundo", para a simplicidade e para as
diversas utilidades de objetos que foram colocados fora de sua função habitual,
"é como desdobrar coisas em poesia" como prefere sintetizar a escritora.
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
Resumo dos relatos autobiográficos
Tive 5 infâncias, uma
para cada casa que morei, por isso escrevi 5 relatos autobiográficos, sendo que
o primeiro deles, o “Relatos autobiográficos: a primeira infância”, tornou-se
famoso por ter sido publicado no Caderno do Aluno I de português do 6° ano, o
livro didático usado pelas escolas
públicas do estado de SP.
Muitos alunos me
escrevem pedindo um resumo desses meus relatos, para entenderem um pouco mais
do desenrolar da minha infância e recolher elementos que caracterizam um relato
autobiográfico. Aqui está um resuminho então, “relatos curtos de Jacqueline
Salgado”!
Primeira
Infância:
A casa em que nasci ficava no centro de Viçosa, MG, bem
próxima aos trilhos do trem (bastava atravessar a rua) e nessa casa eu vivi até
os 4 anos. Foi lá que realizei minha “primeira fuga”, passando por entre os
balaústres da varanda. A minha prima Zizi ajudava a tomar conta de mim, de tão
levada que eu era! Foi lá também que tive uma babá chamada Lúcia, ela tinha o
estranho hábito de espiar os defuntos no necrotério, e me levava junto com ela,
então eu via gente morta de tudo que era jeito, mas eu não tinha medo porque
não entendia nada. Nessa época eu também gostava muito de água, e quando fomos
para Pirapora ver o rio São Francisco, fugi de novo e fui parar num poço de
água de chuva, pensando que era o rio!
Segunda
Infância:
Nessa casa eu fui muito livre e feliz! Ficava numa
espécie de fazenda do governo federal, era a sede da antiga FUNABEM, onde meu
pai trabalhava. A casa ficava de frente para um estábulo onde viviam meus amigos
Paraná e Paraíso, um boi e um cavalo bem mansos, que me acordavam de manhã,
fazendo barulhos na minha janela, assim como meu avô, que imitava um galo para
me acordar. Ao lado da casa ficava um belo lago, cercado de plantas aquáticas,
com muitos patos e marrecos selvagens e outras aves do brejo, além do tantão de
sapos e rãs que faziam um barulho gostoso a noite toda. Aos fundos dessa casa
passava o rio Turvo, onde meu pai e seus amigos pescavam, o nosso quintal era
enorme, parecia não ter fim, assim como minha liberdade!
Terceira
infância:
O bairro se chamava Silvestre, vivemos lá por cerca de 1
ano numa casinha antiga que pertencia ao meu avô. Vovô e vovó moravam ao lado,
numa casa maior e sempre cheia de gente, por isso sempre tinha coisa gostosa
para se comer, o dia inteiro a gente sentia o cheirinho dos doces, dos bolos e
de todas as delícias que a vovó Julieta fazia em seu fogão a lenha! No quintal
da nossa casa morava um pé de maçãs enorme, que dava frutos o ano inteiro,
coisa rara na nossa região! Eu tinha 2 animais de estimação, o coelho Joca e a
cabrita Boneca. Brincava o dia todo com meus primos Tulinho, Titito e Fofinho,
seja na rua ou no quintal da casa da tia Zélia, a mãe deles. Íamos também à
cachoeira, ao goiabal, ao pontilhão... Eram muitos os lugares divertidos de
Silvestre!
Quarta
Infância:
Tivemos que nos mudar para o centro da cidade novamente,
pois estava ficando difícil para eu ter que pegar o ônibus que me levava à
cidade e depois seguir a pé até a escola. Era muito cansativo. Fomos, então,
morar perto da casa dos meus outros avós, os pais do meu pai, na mesma rua onde
morei na primeira infância, porém mais acima. Era um sobrado bem antigo, muito
bonito e bem conservado, eu me sentia bem naquela casa, assim como nas outras.
Ali eu tive uma tartaruguinha, na verdade um cágado de estimação, a “Tadinha”,
que acabou devorada por algum gato ou gambá sem coração. Nessa casa também nós
ganhamos nossa primeira piscina de plástico! Mil litros d’água para mim era o
mesmo que um oceano inteiro! Em dezembro 1983, minha irmã e eu tivemos nosso maior
natal, ganhamos cada uma, boneca, o berço da boneca e o carrinho pra passear
com ela. Ali também nós começamos a sonhar com nossa primeira casa própria, que
logo se tornou realidade!
Quinta
Infância:
Enfim, chegamos à quinta infância, à quinta casa! Nossa primeira
casa própria, comprada com muito esforço. Era um apartamento duplex, que ficava
no térreo de um pequeno prédio, então nós tínhamos um quintal só nosso, o que
fazia o apartamento ter cara de casa. Isso era muito bom para as novas
brincadeiras que eu inventava no barranco de terra. Mais uma vez os trilhos do
trem estavam perto de mim, como na casa em que nasci, mas nessa casa eles
passavam ainda mais perto, dava pra sentir o chão tremer quando o trem de ferro
cortava a cidade. Eu adorava! Nessa casa eu tive muitos bichos de estimação,
verdadeiros amigos que levo comigo na lembrança e ainda choro por eles, os cães:
Xuxa, Cherry, Xuxete, Júpiter e Löwe; os gatos: Nina, Tigrinho e Roreves; o
coelho Joca II e a galinha Pitizinha, que nasceu nas minhas mãos e passou a
vida pensando que eu era sua mãe! Meu irmão Renan também nasceu nessa casa, e
está lá até hoje!
Bom, isso é só um
resumo do resumo do resumo! Até a terceira infância vocês podem ler aqui mesmo
no meu blog, a quarta eu envio por e-mail para quem quiser, e a última só
esperando o meu livrinho de relatos sair, se não perde a graça, né?
Abraço a todos,
obrigada pela leitura e bom trabalho na escola!
Jacqueline Salgado com 1 ano de idade!
quarta-feira, novembro 13, 2013
Fogão à lenha
Cresci observando vovó na lida com o fogão à lenha, na velha casa do distrito de Silvestre.
Era dele que vinha quase tudo de que precisava: o alimento, o torresmo, os doces de tacho, as fornadas de broa e tareco, a prosa, as histórias de assombração, o calor que aquecia minhas mãos nas noites frias de Viçosa.
Às vezes o frio era tanto, que mal o sol amoitava na cacunda do morro, mamãe já me vestia de flanela e meia de tricô, eu puxava um banquinho e subia com ele à taipa do fogão. Enquanto vovô ouvia seus caipiras na vitrolinha e aguardava a noite apiar, eu esticava as mãos miúdas, chegava os pés no calor da brasa pra “quentá fogo” e depois voltava pra casa ao lado pra dormir aquecida por dentro e por fora. O cheirinho da fumaça dos fogões se apagando subia pelas chaminés de Silvestre, entrava nos sonhos e na memória da gente, nada tira esse cheiro de dentro de mim.
Quando vou à casa dos meus pais, o que mais gosto de ver é o fogo atiçado na lenha.
Pai pega a madeira e os galhos secos de fogo fácil, mãe “chama a binga” na lenha e a brasa chamusca, incandesce e depois virá uma pequena fogueira malocada na fenda de barro.
E ali eu fico por horas, sentindo a mescla leve do cheiro da fumaça, do café, do feijão, do toucinho e da simplicidade, que é a essência da construção de qualquer menino criado às voltas com um fogão à lenha.
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